segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ameaça ao futuro da Amazônia



Em 1994 ocorreu na PUC-Rio um debate sobre o corte predatório do mogno na Amazônia, realizado pelo Greenpeace. Ainda hoje, em 2010, esse assunto é um importante tema de discussão já que continua sendo um problema.

Todos os grupos e indivíduos que se importam realmente com o futuro da floresta amazônica e das populações que dela dependem estão seriamente preocupados com o crescimento caótico e predatório da atividade madeireira na região.

Em 94, já tinham sido destruídos cerca de 415 mil quilômetros quadrados da floresta, uma área equivalente a um e meio Estado de São Paulo. Se fosse utilizado de forma correta, com a adoção de técnicas agroflorestais e de agricultura ecológica e associada a uma política séria de reforma agrária, esta área poderia se tornar um importantíssimo centro de produção de alimentos.

Um pequeno grupo de empresas produz, como um todo, um número igualmente pequeno de empregos. Os benefícios que elas trazem, portanto, são bastante restritos, se considerarmos o grande volume de seus lucros e dos danos sócio-ecológicos por elas provocados.

Um dos aspectos mais absurdos e ilegais da ação das madeireiras de mogno é a invasão de áreas indígenas, reservas ecológicas e reservas extrativistas. Cerca de 90 grupos vivem na área de ocorrência do mogno e algumas tribos, como as dos Nambikwara e dos Uru-eu-wau-eau, em Rondônia, têm sido invadidas e roubadas.

Na sua cobiça por conseguir cada vez mais mogno, as madeireiras abrem de forma caótica estradas em direção à florestas. Sua abertura representa um crime ecológico, pois ocorre de forma descuidada e sem levar em conta princípios de topografia ou hidrografia.

Quer dizer, estamos destruindo aquilo que nem chegamos a conhecer.

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